domingo, 12 de junho de 2011

TRIÂNGULOS: CÁRCERES GEOMÉTRICOS












Equilátero de emoções
Escaleno de sensações
Polígono de rigidez

Paixão, sedução e êxtase
Traição, medo e dor
Relações que necessitam de estabilidade
Desejos que sobrevivem pela instabilidade

Três vidas, três histórias, três escolhas
Trocas entre dois iguais e um diferente
Trocas entre três iguais
Trocas entre três diferentes

Jogo com três peças
Coragem, covardia, ousadia
Vida, morte e ressureição

Congruências, incongruências
Sensatez, insensatez

Prazer para alguns
Em ser somente a ponta mais distante da relação
Prazer velado para outros
Em saber que uma terceira ponta estabiliza a monótona relação

Aguça a curiosidade
Fragiliza a estabilidade
Linhas que se encontram
Pontas de possessividade

Monogamia será utopia?
Ter coragem de ser você mesmo
Quase sempre não aceitável
Ilusão acharmos que somos dono de alguém

Que sejamos donos de nós mesmos
Que as verdades venham a partir de nossas essências
Que nossa sede de conhecimento
Seja tomada por um canibal degustando conceitos, crenças e conhecimentos
Um voraz canibal
Mas que tenha um paladar de quem sabe que não existem verdades absolutas

Somos aquilo que acreditamos
Então que sejamos livres

Triângulos amorosos
Cárceres Geométricos

Alexandre Malosti

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