domingo, 8 de abril de 2012

INEXISTO


No subterrâneo, encaro minha sombra.
Iluminado pelas trevas, consumido pela dor profunda.
...
Petrificação do eu, inércia e sequidão.
Alma voraz, anseia por vida.
Odor putrefato do vazio exalado de minhas entranhas.
Abatido, entrego-me .
Lanço-me no precipicio da insignificância.
Mergulho letal e suicida.
Simbiose: morte e vida.
Abismo se abre, a escuridão sorri e me convida.
Pairando na gélida brisa .
Sangue congela, sentidos me abandonam.
Dissolvo.
Inexisto.
Devorado pelo nada, aborto angústias, inseguranças e medos.
Liberto, flutuo...
Busco a mim e me reconstruo.
Alexandre Malosti em parceria com Ana Paula Malosti

3 comentários:

Anônimo disse...

Bom, muito bom, gosto desse desespero e da solução final. Este poema talvez seja o contra-ponto ao tezto da Lucimara. Parabéns!
André Bianc
PS; EU ODEIO CARTINHAS DE AMOR."

Anônimo disse...

Texto com X,ok?

ALEXANDRE WAGNER MALOSTI disse...

Grande André Bianc.... gosto também desse texto, ele retrata um desespero que para a maioria seria como se fosse fim de linha, depressão e angústia total.. mas não o é... ele mostra a nossa capacidade de não estarmos contente e assumir que essa vida nem sempre são flores.... aliás desde que somos expelidos aqui nos defrontamos é com espinhos... e ao contrário de textos velados e positivistas, ele vai no fundo do poço... mas se ergue.. pronto para se afundar no outro dia..... Obrigdo pelo comentarío