Um entrevistado em
um programa de TV me fez refletir sobre o custo humano que envolve a produção
dos nossos “queridinhos tecnológicos” (iPhone, iPad, etc). Trabalho escravo, baixíssima
remuneração, exploração de menores, entre outras atrocidades. Por um lado
festejamos a tecnologia, o avanço e o desenvolvimento da humanidade.
Mas que
evolução é essa?
A evolução da
ganância, do poder econômico, da exploração de mão de obra, enquanto nos divertimos
com nossa vida facilitada com todos esses recursos tecnológicos, milhões de
seres humanos são submetidos à humilhação e a degradação. Sou um de nós, “ignorantes”
e “alienados” que utilizam e festejam a tecnologia.
O quanto somos
ingênuos? Ou preferimos ignorar?
Nas redes sociais falamos
de cultura, de como portar-se adequadamente, de ser educado, culto, mas, no
entanto somos usados, manipulados e não estamos nem ai para nossos semelhantes.
Quando paramos para refletir com profundidade, entendemos que infelizmente
somos invólucros de merda pensantes, pensamos no que nos interessa, no que nos
beneficia. Publicamos frases
espirituais, filosóficas, pregamos religiões e poemas, verdadeiros patéticos.
Não sou contra a tecnologia, sou contra nossa superficialidade, o quanto somos rasos e manipuláveis.
Deixo abaixo duas
reportagens que tratam do assunto, existem várias. Espero que leiam, o link e a
fonte estão logo abaixo dos dois trechos.
Como a Foxconn fabrica iPads e iPhones no Brasil
Segredos e crises
com funcionários são marcas da Foxconn em todo o mundo. Em Jundiaí não foi
diferente, pelo menos no início da operação. “Houve falta de água, alimentação
deficiente e transporte insatisfatório”, diz o sindicalista Evandro Santos.
Apesar das queixas dos trabalhadores, os quase 3 mil empregos gerados, com
salário médio de 1150 reais, são, até agora, a única parte palpável do
festejado acordo fechado em Pequim, no ano de 2011, entre a presidente Dilma
Rousseff e Terry Goe, o fundador da Foxconn.
Único porta-voz da
empresa, que criou nos anos 80, em Taiwan, Goe tornou-se conhecido no mundo
todo, em 2009, quando a Foxconn foi acusada de exploração dos operários na
China, que resultou em 16 suicídios de trabalhadores. Em meio à crise, Goe
decidiu que era hora de falar. Mas nas poucas entrevistas que concedeu, em nada
contribuiu para melhorar a imagem de sua empresa. Goe já comparou a força de
trabalho da Foxconn a “1 milhão de animais”, que lhe causam “dores de cabeça”.
Sobrou até para os trabalhadores da empresa no Brasil, uma turma que “ganha
muito e trabalha pouco”.
Taipé
- O Foxconn Technology
Group, maior fabricante mundial terceirizado de equipamento eletrônico, admitiu
que utilizou adolescentes a partir dos 14 anos para trabalhar em uma de suas
fábricas na China, violando as leis nacionais, em um caso que desperta novas
dúvidas sobre o programa de alunos estagiários