Dificilmente terei ou sentirei
Era puro, ingênuo e até desejado
Não tinha racionalidade
Desprovido de interesses
Era natural, acontecia ao acaso
São desses que gosto e valorizo
Presentes em lugares sem ser convidado
Por vezes foi simplesmente platônico
Antes mesmo de trocar uma só palavra
Olhares cruzados
Parecia coisa de destino
Ilusão de algo predestinado
Mas são desses que gosto e valorizo
Talvez tenha tido um passado de sorte
Sorte de achar o improvável
De um jeito não premeditado
Sempre correspondido
Encontrava o que não era buscado
Acostumado com tais presentes
Continuei a não buscar e ser presenteado
Porém, hoje
Continuo não buscando
Mas os presentes escassearam
Ganho caixas que não são como as que gosto e valorizo
Lembro do passado
Que por vezes me surpreendia
Será que não serei mais presenteado?
Ou talvez eu não seja mais desejado?
Quem sabe não estive fechado?
Mas são daqueles que gosto e valorizo
Daqueles que vinham não por falta, mas por sobra
Daqueles que não chegavam para enganar minha solidão
Daqueles que não se aproximavam pela conveniência
Desses, eu não gosto e nem valorizo
Não tenho pressa, prefiro esperar
Se não tiver daqueles, prefiro não ter nenhum
Pois são daqueles, que gosto e valorizo
4 comentários:
Presentes dado de coração são sempre bem vindos, né Alexandre? Lindo poema reflexivo, parabéns! bjs
Karina com certeza.... melhores ainda são os corações dados de presente. São desses que gosto e valorizo. kkkk Beijos e bom dia.. Obrigado.....
Fabuloso!!! Ontem pensei muito sobre o que conversamos esses dias... Novos momentos para novas inspirações! Tem toda razão!!
Abção!
Tks poeta oficial do Tangram..... Mas é isso ... novas experiências.... Abraços...
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