Mais um devaneio do Malosti.
Tenho percebido e refletido sobre minha dificuldade de lidar com o tempo
“livre”, tamanho é o meu condicionamento baseado em horários e “coisas” a
fazer. Mas acredito que essa reflexão seja feita por milhares de pessoas mundo
a fora. E claro que isso se torna mais forte quando você dispõe de ”todo” o
tempo do mundo e cabe a você administrá-lo sozinho com o que te faça sentido.
Quando trabalhava 10 horas por dia, esperava ansioso pelo
restante das horas livres para me ocupar de “prazeres” e o tempo era restrito. Hoje
que o tenho, estou aqui escrevendo sobre minhas inquietações e do incômodo que
todo esse tempo vem me causando.
Preciso fazer as pazes com o tempo!
Por que não simplesmente
aproveita-lo sem sermos constantemente cobrados por nossa mente inquietante
exigindo novos estímulos para que o dia tenha sentido?
Creio que o condicionamento desde a infância a horários,
tarefas, fazeres, ocupar-se o tempo todo venha empobrecendo essa relação amigável
com o tempo, com o ócio, com a contemplação e com o estado de uma mente
tranquila e calma.
Já pararam para pensar que se tirarmos os estímulos externos
corremos o risco de pirar? Parece que nossa existência sempre foi assim
determinada por horários, por ocupações, por regras e por condicionamentos.
Ainda lúcido (risos), vou trilhando o caminho que me faça
apaziguar com o tempo, ele continua tranquilo, ausente de inquietações,
simplesmente é, nós é que estamos passando inquietos por ele.
O “tempo” ao nos ver passando deve esta sussurrando por calma
e menos urgência.
Alexandre Malosti
4 comentários:
Minha relação com o tempo sempre foi "autoral", diria... Nunca me prendi ao "tempo oficial" da coisa. O preço que se paga pra ter o próprio tempo é alto, mas, como diria o saudoso Gonzaguinha: Começaria tudo outra vez, se preciso fosse... E por aí vai... Meu querido Alexandre Instigante Malosti, deixo aqui o meu abraço.
Grande Marcio... essa sua independência a qualquer preço é sedutora e uma qualidade que admiro muito em você.... Vamos pagando o preço e está tudo certo. Abração...
Lê...é estranho como me sinto impregnada por essa loucura de regras que o capitalismo me impôs e, hoje vejo essa afinidade com o tempo como uma qualidade de vida que eu quis aceitá-la, mas só pude percebe-la quando fui ouvindo minha essência que insistiu por muito tempo para eu optar e viver o simples do dia a dia...mas, que é fato que isso incomoda muita gente, é fato! Muitos não entendem minha paz e não acreditam que me sinta feliz por viver com harmonia em minha cia...porém, concordo quando diz que administrar o tempo é dificultoso e, sendo bem sincera, ainda não aprendi a fazer isso,rsrs, beijos sempre cheio de paz! Jacque...
Jacqueline é dificil ... mas é possível.. eu também estou nesse caminho, mas só agora e recentemente... sei da dificuldade mas também tenho a certeza que os tempos passados eu não quero mais. Beijos e vamos achar o caminho...
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