Século XXI tecnologia a mil, ferramentas de última geração fazem parte de nosso cotidiano, parecem uma segunda pele. Ficamos paranóicos se não recebemos um e-mail, se esquecemos o celular, se não leram nossa última postagem cheia de conteúdo no twiter e assim por diante. Somos modernos e evoluídos. Será?
Apesar de toda essa parafernália, o que melhor define a nossa sociedade ainda é a célebre música Vida de Gado do Zé Ramalho. Povo marcado, povo feliz....
Parece que exercitamos mais os chips dessas parafernálias do que nossos próprios neurônios, que por falta de uso correm o risco de definhar.
Em termos de crenças, aceitação e tolerância, preferimos estar equipados com ferramentas de pedra lascada. Tecnologia de ponta utilizada por nossos ancestrais para matar mamutes.
Como esperar das pessoas um comportamento mais consciente, que tenham senso critico. Já nascem contaminadas por uma sociedade manipuladora, que em nome do poder e do dinheiro, determinam valores e conduzem a massa apenas para atingir seus interesses. Isso está presente nas escolas, nas instituições religiosas, na política, etc.
Crença sem crítica é uma bomba. Nosso Deus é diferente do outro, é melhor, nosso mundo desaba com o final de um relacionamento de duas semanas, nosso umbigo é o centro. Nesses instantes insanos nos esquecemos da fome do mundo, da destruição de nosso planeta, da violência, dos corruptos, enfim, nossa dor de barriga é o problema central que alcança proporções de tragédia.
Até o tempo hoje está virando nosso inimigo, um algoz. Nossa rotina frenética de acordar cedo, trabalho, trânsito, pagar contas, um happy hour às vezes, depois voltamos para casa, filhos, problemas domésticos, dormimos e no outro dia tudo recomeça. Parecemos robozinhos de linhas de montagem. Que tempo nos sobra para sermos críticos, para questionar o modelo atual, talvez no leito de morte encontremos um tempinho para isso. Sem falar nos cursos de administração do tempo, como ser mais produtivo, etc., tudo focado no melhor desempenho profissional, temos que produzir, produzir e produzir. Qualidade de Vida tem gente que não sabe nem o que é isso, talvez pagar uma conta, ver um futebol ou uma novela sejam suas maiores aspirações.
Não podemos generalizar, mas a maioria das pessoas apenas engole as informações a que tem acesso, não questionam, não analisam. O resultado disso é uma sociedade violenta, que mata em nome de Deus, que espanca por intolerância religiosa, pela opção sexual, discrimina pelo saldo da conta bancária. Algo está errado e precisa ser revisto. Caminhamos firmes e fortes (como uma gelatina) para o caos e precisamos mudar. SENSO CRÍTICO E RESPEITO AO PRÓXIMO.
Alexandre Malosti
Alexandre Malosti
2 comentários:
Interessante! Parabéns pela postagem, precisamos lembrar sempre de parar pelo menos para pensar no que estamos "engolindo", no que estamos fazendo conosco,com a humanidade, com o planeta. Instantaneamente, me lembrei do clip "The wall" do Pink Floyd. Bjks, Christiane
Ola Christiane, tudo bem.. obrigado pelo comentário. Mas isso é verdade... estamos num ritmo tão acelerado, aceitamos essa imposição... e esquecemos do resto.. de nossas vidas, nossos desejos.. do próximo... enfim temos que desacelerar e refletir um pouco sobre tudo isso. Beijo Grande.
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